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Territórios em Luta: Práticas dissidentes de (re)existência

6 e 7 de novembro de 2025

Em sua terceira edição, o Seminário Cidade, Territorialidades e Interseccionalidade propõe, neste ano, o tema Territórios em Luta: Práticas dissidentes de (re)existência, com o objetivo de reunir reflexões e experiências que contraponham narrativas hegemônicas sobre os modos de viver, habitar, resistir e imaginar os territórios em diferentes escalas. O evento será realizado nos dias 6 e 7 de novembro, sendo o primeiro dia inserido no Calendário Afirmativo do IFSP Campus São Paulo como parte do IV Novembro Negro, data marcada no calendário acadêmico do campus, o que potencializa a participação da comunidade estudantil e fortalece o compromisso institucional com as políticas de ações afirmativas.

Partindo de uma perspectiva interseccional e crítica, buscamos ampliar o debate sobre as múltiplas formas de luta e (re)existência que emergem de corpos, coletivos e comunidades diante das violências territoriais, epistêmicas e institucionais. A edição de 2025, articula a ideia de resistência territorial — negra, indígena, periférica e popular —, evocando o conceito de (re)existência presente nos debates decoloniais e insurgentes. Ao valorizar práticas dissidentes, o seminário se abre a experiências contra-hegemônicas em múltiplas áreas do saber, reconhecendo e legitimando modos de vida que se contrapõem às normas impostas pela colonialidade do poder, do saber e do ser.

“Práticas dissidentes de (re)existência” são entendidas, aqui, como formas de viver e resistir transformando o território, o corpo e o cotidiano em espaços de reinvenção, insurgência e potência coletiva. Nesse sentido, o evento se propõe como um espaço de diálogo entre diferentes campos do saber e da prática, acolhendo contribuições que articulem:

  • A paisagem como construção simbólica, social e política dos espaços;
  • O urbanismo e a arquitetura enquanto instrumentos tanto de dominação quanto de resistência;
  • As políticas de memória, patrimônio material e imaterial, e suas disputas;
  • As pedagogias territoriais, o papel da educação e os desafios à permanência escolar de sujeitos historicamente marginalizados;
  • A geografia humana e cultural como lentes para compreender os conflitos, vínculos afetivos e dinâmicas espaciais que moldam os territórios e as territorialidades.

Queremos construir um espaço transdisciplinar e afetivo, onde práticas dissidentes – nas chamadas bordas da cidade, nas escolas, nas instituições de ensino, nos coletivos, nas ruas, nas comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas – possam ser visibilizadas e valorizadas como saberes legítimos e fundamentais.